quarta-feira, 20 de maio de 2009


Pensar cor, pintar palavras, concretizar sons, dinamizar emoções, segurar na linha da pandorga a memória da vida.
Não sei se há mais delicadeza ou mais profundidade. Um olhar lançado para o que já está pronto, olhar tão curioso, sensível ou crítico que recorta pedaços, cria mundos, mostra fatos, aponta com o dedo indicador para o que a maioria das pessoas teimam em fingir que não existe, trabalhando para a alienação.
Estou falando da margem da estrada, esse caminho doce-amargo, alegre-triste. Estou falando de um alimento salgado-doce que nutre a alma, a vitamina para os fios de cabelo, a seda para a pele, o brilho para o sorriso, o xadrez para a mente.
Eu falo da roseira cheia de espinhos, falo da saia rodando na dança, do desespero e do exagero, falo da falta de saúde mental, dos apaixonados e dos lúcidos, falo sobre encarar as estrelas.
Híbrida, pura, macia.
Ela assiste a vida. Quero andar para sempre no seu carrossel. Quero para sempre experimentá-la.
De ponta cabeça, ou a passos seguros sempre viver a arte.

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